946 resultados para Coronariopatias Mortalidade - Teses


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Fundamentos: Apesar dos conhecimentos adquiridos sobre marcadores preditores de mortalidade na sndrome coronariana aguda (SCA), a capacidade de avaliao a longo prazo permanece desconhecida. O peptdeo natriurtico tipo B (BNP) tem sido extensamente utilizado, porm as evidncias existentes se restringem ao seguimento de curto e mdio prazos. Objetivos: Determinar se o BNP um preditor independente de mortalidade por todas as causas a longo prazo em pacientes com sndrome coronariana aguda sem supradesnvel do segmento ST (SCASSST). Mtodos: No perodo de 1o de Janeiro de 2002 a 31 de Dezembro de 2003, foram selecionados 224 pacientes consecutivos atendidos na sala de emergncia com SCASSST. A dosagem do BNP admisso foi incorporada no protocolo diagnstico, tendo o seu valor sido correlacionado com a mortalidade ao final do seguimento. Resultados: Os pacientes foram acompanhados por 9,34 anos (mediana), tinham 71,5 anos (intervalo IQ=60,5;79,0) e com predomnio do gnero masculino (62,9%). A hipertenso arterial esteve presente em 82,1% e o diabetes em 23,7%. A angina instvel (AI) foi diagnosticada em 52,2% e o infarto agudo do miocrdio sem supradesnvel do segmento ST (IAMSSST) em 47,8%. O BNP mediano foi de 81,9 pg/ml (intervalo IQ 22,2; 225). A mortalidade se correlacionou com os quartis crescentes do BNP: 14,3; 16,1; 48,2; e 73,2% (p<0,0001). A curva ROC determinou o BNP=100 pg/ml como o melhor ponto de corte, tendo apresentado rea sobre a curva (AUC) de 0,79 (IC 95%=0,72-0,85) e sendo preditor de mortalidade ao final do seguimento: 17,3% vs. 65,0%, p<0,001, RR=3,76 (IC 95%=2,49-5,63). O BNP teve poder prognstico tanto nos pacientes com (26,7 vs. 71,2%, p<0,001) como nos sem (12,9 vs. 56,8%, p<0,001) alterao da funo ventricular, e tambm conforme o diagnstico de AI (18,7 vs. 48,6%, p=0,001) e IAMSSST (14,9 vs. 75,0%, p<0,001). Na anlise de regresso logstica, a idade>72 anos (OR=3,79, IC 95%=1,62-8,86, p=0,002), o BNP&#8805;100 pg/ml (OR=6,24, IC 95%=2,95-13,23, p<0,001) e a taxa de filtrao glomerular estimada (TFGE)(OR=0,98, IC 95%=0,97-0,99, p=0.049) foram preditores independentes de mortalidade. Concluses: O BNP dosado admisso dos pacientes com SCASSST um forte e independente preditor de mortalidade a longo prazo.

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No tem sido frequentes no Brasil estudos de avaliao da qualidade dos servios de sade. Tem sido adotado entendimento de qualidade como o grau em que processo de assistncia aumenta a probabilidade de resultados favorveis e diminui a probabilidade de resultados desfavorveis, dado o estado do conhecimento mdico. Indicadores de resultados de efeitos adversos do processo de assistncia costumam ser empregados e, entre eles, para aquelas condies e procedimentos onde bitos ocorrem com frequncia, esto as taxas de mortalidade hospitalar. Entre esses procedimentos inclui-se a cirurgia de revascularizao do miocrdio. Apesar de frequentes na literatura, particularmente norte-americana, no h estudos de escala realizados no Brasil. Para estudos deste tipo bases de dados administrativas tem sido empregadas. No Brasil recentemente tem sido exploradas as potencialidades dos bancos de dados do Sistema de Informaes Hospitalares do Sistema nico de Sade do Ministrio da Sade (SIH-SUS) em diversos estudos. Como h registro de bitos hospitalares no sistema possvel utiliz-lo para a obteno de dados sobre mortalidade hospitalar. Os bancos de dados do SIH-SUS de 1996 a 1998 foram integrados e as variveis disponveis no banco obtido examinadas quanto a possibilidade de incluso do estudo descritivo de caractersticas da cirurgia coronria no pas. Foram identificadas aquelas variveis que poderiam ser utilizadas para proceder algum grau de ajuste de risco para os casos atendidos pelos diferentes hospitais. Para que se obtivesse uma comparao do comportamento do ajuste obtido com essas variveis com modelos mais completos que incorporassern mais variveis, inclusive variveis clnicas, foram estudadas para o mesmo perodo, as internaes realizadas no Hospital Universitrio Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, utilizando dados de banco especfico do Servio de Cirurgia Cardaca. Alm do estudo descritivo foram desenvolvidos para os casos deste hospital modelos de regresso logstica incorporando variveis pr-operatrias e com as variveis disponveis no SIH-SUS para avaliar as diferentes capacidades de ajuste de risco. Aps a escolha de um modelo de risco com maior capacidade de ajuste, foram calculadas as taxas de mortalidade hospitalar e obtidos os valores de taxas esperadas aps o ajuste de risco. Os hospitais forma ordenados de acordo com as razes entre as taxas observadas e esperadas e identificados aqueles hospitais que apresentavam razes estatisticamente significativas superiores e inferiores a mdia nacional. Estudou-se tambm o efeito do volume de casos sobre a mortalidade hospitalar. Foram obtidas informaes de 41.989 cirurgias codificadas como cirurgia coronria com circulao extracorprea realizadas em 131 hospitais brasileiros, em 22 unidades da federao. A taxa anual por 100000 habitantes foi de 8,7 para o Brasil, com So Paulo apresentando taxa de 16,6. Para efeitos de comparao a taxa em anos em torno de 1997 foi de 144,5 nos EUA, 54,4 no Canad, 90,0 na Austrlia e 31,5 em Portugal. A taxa de mortalidade no perodo foi de 7,2 % (EUA, 2,8%; Canad, 2,5%: Frana, 3,2%). A maioria de pacientes operados foi do sexo masculino (67,5%) e a idade mdia foi de 59,9 anos.

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A despeito de suas limitaes, os dados do SIHSUS so os mais sistemticos e abrangentes sobre as Reaes Adversas e Intoxicaes a medicamentos que provocam hospitalizao. Eles demonstram a importncia das aes de educao e investigao de casos do Programa Nacional de Farmacovigilncia para possibilitar o diagnstico mais acurado e superao do quadro atual de ocorrncia desses agravos, alm da possibilidade de o SIH/SUS ser utilizado sistematicamente como fonte de dados na deteco e anlise dos problemas relacionados a medicamentos. No perodo de 1999 a 2007, foram emitidas 6.670.609 AIH (tipo 1), entre as quais 3.611 foram classificadas como internaes devidas a RAM e 4.675 como Intoxicaes, correspondendo, respectivamente, s taxas mdias de 5,41 casos por 104 AIH e 7,2 casos por 104 AIH. Ocorreram 137 bitos (3,79% das AIH) por RAM e 207 (4,43% das AIH) por Intoxicaes na populao internada. Tanto as RAM como as Intoxicaes tiveram menor chance de levar ao bito quando comparados s outras causas. Uma caracterstica da distribuio dos RAM foi concentrar 62% das AIH nas faixas etrias de 20 a 59 anos de idade (grupo adulto). Nas Intoxicaes merece destaque a elevada proporo de AIH na faixa etria de 0-4 anos (14,29%). As AIH registradas com causas bsicas relacionados a RAM foram principalmente de pacientes do sexo masculino, j as Intoxicaes foram principalmente de pacientes do sexo feminino. Em ambos tipos de agravos estes pacientes foram internados em hospitais que no faziam parte da Rede de Hospitais Sentinelas do Programa Nacional de Farmacovigilncia. No entanto, a probabilidade destes hospitais registrarem as AIH com cdigos CID-10 referentes s RAM maior, o que ocorre provavelmente por estarem mais capacitados em diagnosticar este tipo de agravo. Porm este fato no foi observado para as Intoxicaes. Os frmacos que causaram os agravos estudados so psicoativos. Este estudo apresentou algumas evidncias sobre a distribuio da morbi-mortalidade provocada por medicamentos entre pacientes internados em hospitais conveniados ao SUS no perodo de 1999-2007, baseadas nas informaes das AIH, que podem ser teis ao Programa de Farmacovigilncia no Estado do Rio de Janeiro.

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O estudo das causas mltiplas de bitos permite conhecer a extenso real das estatsticas de mortalidade, minimizando a subestimao dos dados de mortalidade por asma. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a tendncia das taxas de mortalidade por asma informada em qualquer linha ou parte do atestado mdico da declarao de bito, no municpio do Rio de Janeiro, no perodo de 2000-2009. Os dados foram obtidos no Sistema de Informaes de Mortalidade (SIM), no perodo de 2000 a 2009, nas Declaraes de bitos (DO) registradas com CID-10 J45 e J46, de residentes do municpio do Rio de Janeiro, com um ano ou mais de idade. Foram calculadas taxas de mortalidade padronizadas por idade, nas seguintes faixas etrias: 1-4 anos, 5-34 anos, 35-59 anos, 60 e mais anos, considerando-se asma como causa bsica e como causas mltiplas, segundo gnero para cada ano do perodo. Para anlise de dados foi utilizado a tcnica de regresso linear. No perodo de 10 anos a asma foi causa bsica em 67,2% dos bitos que mencionaram asma. A subestimao da mortalidade por asma como causa bsica, foi igual a 48,7%. A taxa de mortalidade padronizada por asma como causa bsica declinou de 2000 a 2009 de 2,22 para 1,72/100.000 habitantes em 2009, (&#946;= -0.06, p=0.017) e como causas mltiplas passou de 3,45 para 2,82/100.000 habitantes (&#946;= -0.11, p=0.005). A anlise segundo gnero evidenciou um declnio mais acentuado entre os homens, cuja taxa de mortalidade por asma como causa bsica padronizada passou de 1,58/100.000 em 2000 para 0,59/100.000 em 2009 (&#946;= -0.08, p=0.007); como causa mltipla a taxa diminuiu de 2,49/100.000 em 2000 para 1,11/100.000 em 2009 (&#946;= -0.14, p<0.00001). Entre as mulheres a taxa de mortalidade passou de 2,79/100.000 em 2000 para 2,72/100.000 em 2009 como causa bsica e de 4,29/100.000 em 2000 para 4,32/100.000 em 2009. A regresso linear segmentada, realizada em dois perodos, de 2000 a 2004 e 2004 a 2009, no foi estatisticamente significativa (2000 a 2004: &#946;= -0,16, p=0,131 e 2004 a 2009: &#946;= 0,04, p=0,630). Do total de bitos nos quais a asma foi mencionada como causa mltipla 2,8% ocorreram na idade de 1 a 4 anos e 61% na faixa de 60 anos e mais. Quando a asma foi causa bsica, as causas associadas mais frequentes foram as doenas do aparelho respiratrio e nos bitos em que foi classificada como causa associada destacaram-se como causas bsicas as doenas do aparelho respiratrio e circulatrio. A magnitude das taxas de mortalidade por asma foi sempre maior nas mulheres comparado aos homens. A srie histrica mostrou tendncia ao declnio nas taxas de mortalidade, segundo causas bsicas e mltiplas, com declnio entre os homens e estabilidade entre as mulheres. A mortalidade por asma foi subestimada quando considerada apenas como causa bsica, o que poderia ser evitado com a utilizao da metodologia de causas mltiplas nas estatsticas de mortalidade da asma.

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Vrios estudos encontraram maiores taxas de mortalidade por batidas no trnsito entre homens do que entre mulheres e entre homens jovens do que entre homens mais velhos. No entanto, h uma lacuna quanto a explicaes para essas diferenas. Esse estudo, diferentemente dos antecessores, parte de hipteses postuladas a priori, sobre como devem variar as taxas de mortalidade por batidas no trnsito, de acordo com sexo e idade. Espera-se encontrar a presena e ausncia de certas associaes e interaes, com base na teoria moderna da seleo sexual aplicada ao estudo do comportamento humano, especificamente, a sndrome do macho jovem. O objetivo do presente estudo comparar tendncias nas taxas de mortalidade por batida de carro e moto segundo sexo e idade. Trata-se de um estudo ecolgico com Estado como unidade geogrfica de anlise e o ano calendrio como unidade temporal de anlise. A populao do estudo foi composta por homens e mulheres de 18 a 60 anos residentes no Estado do Rio de Janeiro, entre 2004 e 2010, e no Estado do Rio Grande do Sul, entre os anos de 2001 e 2010. Os resultados mostraram que o nmero de mortes por batida de carro e de moto, considerando o nmero de habilitados para guiar tais veculos, foi maior em homens do que em mulheres e em indivduos mais jovens do que mais velhos. Alm dessa interessante congruncia entre os resultados encontrados e as hipteses postuladas, descobrimos uma intrigante exceo: no Estado do Rio de Janeiro, a taxa de mortalidade por batida de moto foi consideravelmente maior em mulheres do que em homens. As tendncias nas taxas de mortalidade por batida de carro e moto no Estado do Rio de Janeiro vm apresentando uma queda nos ltimos anos. No Rio Grande do Sul, as taxas de mortalidade por batida de moto tambm vm caindo ao longo dos anos, enquanto que as taxas de mortalidade por batida de carro vm apresentando aumento. Tais resultados levam a concluir que a Sndrome do Macho Jovem parece ser uma potente e promissora teoria para ajudar a postular hipteses sobre o risco de morte no trnsito.

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A taxa de mortalidade perinatal (TMP) um dos importantes indicadores de sade que refletem a qualidade da assistncia prestada durante a gestao, o parto e ao recm nascido. A TMP possui dois componentes: a taxa e mortalidade fetal e a taxa de mortalidade infantil neonatal precoce. O objetivo do presente estudo foi analisar a mortalidade perinatal na regio do Mdio Paraba, estado do Rio de Janeiro, Brasil no perodo de 2005 a 2009, segundo causa bsica dos bitos, componentes do perodo perinatal e critrios de evitabilidade. Foram utilizados os dados referentes aos bitos fetais e infantis neonatais precoces e de nascidos vivos, registrados, respectivamente, nos Sistemas de Informaes sobre Mortalidade (SIM) e Nascidos Vivos (SINASC). A TMP na regio foi de 18,4 bitos por mil nascimentos totais. As taxas de mortalidade fetal e infantil neonatal precoce no perodo alcanaram, espectivamente 10,7 bitos por mil nascimentos totais e 7,7 bitos por mil nascidos vivos. A TMP apresentou reduo ao longo do quinqunio analisado associada queda do componente neonatal precoce, mantendo-se estvel o componente fetal. As principais causas bsicas dos bitos perinatais, segundo a lista de mortalidade CID BR, foram as afeces originadas no perodo perinatal (89%) e as malformaes congnitas, deformidades e anomalias cromossmicas (10,5%). Utilizando os critrios de evitabilidade segundo Ortiz, para os bitos infantis neonatais precoces foi observado que mais de 41% eram reduzveis por diagnsticos e tratamento precoces. Ressalta-se a necessidade da implementao de aes de assistncia sade da gestante e de cuidados com o recmnascido com vistas reduo da mortalidade perinatal na regio do Mdio Paraba.

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O presente estudo teve, por objetivo, corrigir a magnitude dos bitos registrados por cncer do colo do tero no Brasil, e analisar a magnitude da mortalidade por este cncer e sua associao com indicadores sociais, nos estados da regio Nordeste, Brasil, no perodo compreendido entre 1996 a 2005. Para a correo do sub-registro, foram utilizados os fatores criados pelo Projeto Carga Global de Doena no Brasil-1998. Metodologia de redistribuio proporcional foi utilizada para redistribuir as categorias de diagnsticos desconhecidas, incompletas ou mal definidas de bitos identificadas no sistema de informao sobre mortalidade, exceto os dados ausentes de idade, corrigidos atravs de imputao. As correes foram aplicadas para cada Unidade Federativa do pais, segundo sexo e grupo etrio, e os resultados apresentados para o Brasil e cada grande regio e suas respectivas reas geogrficas (capital, demais municpios das regies metropolitanas e interior). Tendncias temporais de mortalidade foram analisadas atravs de regresso linear simples para cada estado da regio Nordeste. ndice de variao percentual foi utilizado para determinar a variabilidade da magnitude das taxas, antes e aps a correo dos bitos. Atravs de regresso linear, foram analisados o comportamento da correo, e as correlaes entre os indicadores socioeconmicos e as taxas de mortalidade por cncer do colo de tero sem e com correo. Aps as correes, as taxas de mortalidade por cncer do colo do tero no Brasil mostraram um acrscimo percentual 103,4%, com variao de 35%, para as capitais da regio Sul, a 339%, para o interior da regio Nordeste. Foram encontradas correlaes positivas entre alguns indicadores socioeconmicos e taxas sem correo, e correlaes negativa entre esses mesmos indicadores e taxas corrigidas. Com outros indicadores socioeconmicos, observou-se o inverso dessa situao. Os resultados da correo apresentaram consistncia em termos geogrficos e em relao aos achados da literatura, permitindo concluir que a metodologia proposta foi adequada para corrigir a magnitude das taxas de mortalidade por cncer do colo do tero no pas. Se analises comparativas sobre as condies socioeconmicas e o comportamento deste cncer forem estimadas sem quaisquer conhecimentos acerca da cobertura e qualidade de registro dos bitos, pode-se incorrer a concluses equivocadas. Considerando a magnitude corrigida da mortalidade por cncer do colo do tero, podemos afirmar que o problema desta doena na regio Nordeste e no pas, e mais grave do que o observado nos informes oficiais. Contudo, os resultados apontam que os programas de controle e deteco precoce desenvolvidos no pas j mostram resultados positivos.

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A elevada frequncia de bitos por causas mal definidas e por diagnsticos incompletos compromete a validade de indicadores de mortalidade por causas, constituindo obstculo para a alocao racional dos recursos de sade com base em perfil epidemiolgico. O presente trabalho avalia a qualidade da informao da causa bsica de morte na regio do Mdio Paraba, estado do Rio de Janeiro, Brasil, nos anos de 2005 a 2009 para toda a populao. Os dados provieram do Sistema de Informaes sobre Mortalidade (SIM) disponibilizados pelo DATASUS/MS. A anlise baseou-se em dois indicadores de mortalidade proporcional, por causas mal definidas (CMD - todos os bitos cuja causa bsica esteja includa no captulo XVIII da CID-10) e por diagnsticos incompletos (DI), segundo classificao apresentada no Projeto Carga de Doena do Brasil, 2002. As associaes entre a qualidade da informao e variveis demogrficas, socioeconmicas e relacionadas ocorrncia do bito foram investigadas por meio do clculo das razes de chances de mortes por CMD e por DI, em relao s demais causas de morte. Observou-se na regio do Mdio Paraba uma proporo de CMD de 4,54% no perodo de 2005 a 2009. A proporo de diagnsticos incompletos na regio do Mdio Paraba no mesmo perodo mostrou-se elevada (20,59%). Somados os bitos por CMD e DI na regio do Mdio Paraba no quinqunio avaliado, chega-se a uma proporo de causas inadequadamente definidas (25,13%) bem acima do valor mediano de 12% estimado para a populao mundial. As chances de CMD e DI decrescem quanto maior o grau de instruo. Quanto varivel raa, os bitos de indivduos da raa negra apresentaram maiores chances de ter CMD. Entre os bitos de indivduos de cor branca observaram-se maiores chances de constar um DI como causa bsica. Nos bitos sem assistncia mdica as chances de CMD e DI foram superiores em relao aos bitos com assistncia. Os bitos em unidade hospitalar apresentaram menores chances de CMD e maiores chances de DI. As variveis ignoradas ou no informadas apresentaram-se associadas a maiores chances de CMD e DI. Os resultados sugerem que na regio do Mdio Paraba a qualidade dos dados de mortalidade no que concerne CMD est bem superior nacional, assemelhando-se aos valores dos pases desenvolvidos. Ainda assim, a proporo de causas residuais encontra-se bastante elevada, evidenciando que no obstante a expressiva melhora do SIM, persistem limitaes que restringem a utilizao mais ampla do sistema e impedem que os avanos nas polticas e programas na rea da sade sejam maiores.

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Nutrientes especficos, denominados farmaconutrientes, demonstraram possuir a capacidade de modular a resposta imunolgica e inflamatria de animais e seres humanos, em estudos clnicos e laboratoriais. Dentre os substratos conhecidos, os que tm maior relevncia e ao imunomoduladora so a arginina, glutamina, cido graxo n-3 e nucleotdeos. No entanto, revises sistemticas e meta-anlises buscam consenso em relao aos vrios e controversos resultados publicados sobre os possveis benefcios da imunonutrio em pacientes crticos. Nossos objetivos foram avaliar a efetividade das dietas enriquecidas com Imunonutrientes na reduo de complicaes e mortalidade nos diferentes tipos de pacientes crticos. O presente estudo uma reviso sistemtica com metanlise onde foram inseridos ensaios clnicos randomizados avaliando o uso de nutrientes imunomoduladores em doente adulto de ambos os sexos, definido como crtico traumatizado, sptico, queimado ou cirrgico; as dietas utilizadas deveriam conter um ou mais dos imunonutrientes, em qualquer dose, administradas por via enteral comparadas dieta padro pela mesma via em pelo menos um dos grupos de comparao. As bases de dados consultadas foram Pubmed e Cinhal, utilizando os termos: Immunonutrition, arginine, glutamine, n-3, nucleotides e criticall illness. De 206 artigos encontrados inicialmente, apenas 35 preencheram os critrios de elegibilidade estabelecidos. Destes 35 ensaios clnicos, 18 foram conduzidos em pacientes cirrgicos, 6 em pacientes traumatizados, 5 em pacientes queimados, 5 em pacientes crticos em geral e 1 em pacientes spticos. Para a populao geral, no houve reduo significativa do risco de morrer indicada pelo RR de 0,84 (IC de 0,68 a 1,05) e os queimados foram mais protegidos de morrer com RR de 0,25 (IC de 0,09 a 0,66); as complicaes infecciosas foram reduzidas com RR de 0,56 (IC de 0,42 a 0,73); a incidncia de sepse foi reduzida com RR de 0,45 (IC de 0,29 a 0,69), especialmente nos pacientes traumatizados com RR de 0,42 (IC de 0,26 a 0,68); a incidncia de abscesso abdominal tambm foi reduzida com RR de 0,39 (IC de 0,21 a 0,72) e tambm de bacteremia com RR de 0,46 (IC de 0,31 a 0,66); o tempo de internao hospitalar diminuiu -3,9 dias (IC de -5,0 a -2,8). Para a populao de pacientes cirrgicos: o bito no apresentou reduo significativa do RR de 0,93 (IC de 0,44 a 1,95), as complicaes infecciosas foram reduzidas com RR de 0,51 (IC de 0,41 a 0,63), o tempo de internao hospitalar foi reduzido - 3,41 dias (IC de -4,25 a -2,58) e o tempo de internao em UTI -1,72 dias (IC de -2,12 a -1,31). A utilizao de dietas com nutrientes imunomoduladores no alterou a mortalidade em doentes crticos ou cirrgicos. Indivduos com mais de 60 anos so menos protegidos de morrer pela utilizao de dietas com imunomoduladores. As complicaes infecciosas so reduzidas em pacientes crticos com a utilizao de imunonutrio, em especial a populao de pacientes cirrgicos. Dietas com mais de 10g/l de arginina protegem mais os pacientes crticos da incidncia de complicaes infecciosas. Pacientes traumatizados so protegidos da incidncia de sepse pela utilizao da imunonutrio. O tempo de internao hospitalar e o tempo de internao em UTI foram reduzidos em crticos e cirrgicos com imunonutrio. A execuo de ensaios clnicos explanatrios nos diferentes tipos de doentes crticos com um nutriente imunomodulador isolado, seguida de ensaios pragmticos de acordo com os resultados dos anteriores, um fato a ser considerado em futuras pesquisas.

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O objetivo desta tese foi identificar e caracterizar reas com altas taxas de mortalidade por doenas do aparelho circulatrio (DAC) e seus dois principais subgrupos de causas: as doenas isqumicas do corao (DIC) e as doenas cerebrovasculares (DCV), entre os anos de 2008 e 2012 na rea de influncia do complexo petroqumico do estado do Rio de Janeiro COMPERJ, por meio de mtodos estatsticos e sistemas de informaes geogrficas (SIG). Os resultados da investigao so apresentados na forma de dois manuscritos. O primeiro objetivou descrever o perfil da distribuio espacial da mortalidade por (DAC), caracterizar e predizer territrios com maior risco de morte por esta causa, com base em classificao das unidades espaciais por indicador de qualidade urbana (IQUmod). A anlise multivariada foi realizada por meio do mtodo conhecido como rvore de deciso e regresso, baseado em algoritmo CART para a obteno do modelo preditivo para UVLs com diferentes riscos de mortalidade por DAC. O modelo desenvolvido foi capaz de discriminar sete conjuntos de UVLs, com diferentes taxas mdias de mortalidades. O subconjunto que apresenta a maior taxa mdia (1037/100 mil hab.) apresenta 3 UVLs com mais de 75% de seus domiclios com abastecimento de gua inadequado e valor de IQUmod acima de 0.6. Conclui-se que na rea de influncia do COMPERJ existem reas onde a mortalidade por DAC se apresenta com maior magnitude e que a identificao dessas reas pode auxiliar na elaborao, diagnstico, preveno e planejamento de aes de sade direcionadas aos grupos mais susceptveis. O segundo manuscrito teve por objetivo descrever o perfil da distribuio espacial da mortalidade por DIC e DCV em relao ao contexto socioambiental segundo reas geogrficas. O modelo de regresso linear de Poisson com parmetro de estimao via quasi-verossimilhana foi usado para verificar associao entre as variveis. Foram identificados como fatores de risco para mortalidade por DIC e DCV a varivel relativa a melhor renda e maior distncia entre domiclios e unidades de sade; a proporo de domiclios em ruas pavimentadas aparece como fator de proteo. A distribuio espacial e as associaes encontradas entre os desfechos e preditores sugerem que as populaes residentes em localidades mais afastadas dos centros urbanos apresentam maiores taxas de mortalidade por DIC e DCV e que isto pode estar relacionado a contextos rurais de localizao das residncias e a distncia geogrfica destas populaes aos servios de sade. Aponta-se para a necessidade de desenvolvimento de aes que propiciem maior amplitude no atendimento em sade, no intuito da reduo de eventos cardiovasculares mrbidos incidentes naquelas populaes.

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Diversos estudos em epidemiologia tm investigado a influncia do ambiente urbano na sade da populao. Os benefcios dos espaos verdes tm sido um dos aspectos estudados recentemente. Uma das principais vias apontadas atravs da promoo da prtica de atividades fsicas. Outros benefcios incluem a melhoria das condies psicossociais e da qualidade do ar. Esses fatores, por sua vez, tm comprovada associao com a sade cardiovascular. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho investigar a associao entre espaos verdes e mortalidade por doenas isqumicas do corao (DIC) e doenas cerebrovasculares (DCBV) no municpio do Rio de Janeiro, entre os anos de 2010 e 2012. Foi realizado um estudo do tipo ecolgico, tendo os setores censitrios como unidade de anlise. Como varivel desfecho foi calculada a razo de mortalidade padronizada (RMP) por sexo e idade, pelo mtodo indireto. Como medidas de exposio s reas verdes foram utilizadas a mdia e a variabilidade do ndice de Vegetao por Diferena Normalizada ou NDVI (sigla em ingls) mdio referente ao perodo de estudo, em buffers de 100 metros das bordas dos setores censitrios. Os dados foram analisados por um modelo linear condicional autorregressivo, que considera tambm a estrutura de dependncia espacial. Foram includas no modelo as covariveis ndice de Desenvolvimento Social (IDS); densidade de vias de trfego veicular, divididas entre vias coletoras e locais e vias estruturais primrias e secundrias, utilizadas como proxy de poluio em buffers de 100 metros dos setores; e o indicador de setores censitrios litorneos. Aps o ajuste do modelo controlando os possveis fatores de confuso, foi verificada a reduo de 4,5% (CI95%: 7,3%, 1,6%) da mortalidade nas reas com exposio referente ao intervalo interquartlico mais alto da mdia do NDVI; e de 3,4% (IC95%: 6,2%; 0,7%) nas reas referentes ao intervalo interquartlico mais alto da variabilidade, ambos em comparao com o intervalo mais baixo. Esse resultado indica a associao inversa entre a exposio aos espaos verdes e a mortalidade por DIC e DCBV no municpio do Rio de Janeiro. Alm disso, o aumento da mortalidade est associado a piores condies de vida e poluio do ar.

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Sabe-se que um estilo de vida sedentrio e uma condio aerbica baixa so associados com uma maior chance de desenvolvimento de doenas cardiovasculares e um maior risco de mortalidade por todas as causas. Contudo, possvel que outros indicadores de aptido fsica possam ter significado clnico prognstico. Originalmente proposto em 1999, o teste de sentar-levantar (TSL) , simples de executar e possui comprovada reprodutibilidade inter e intra-avaliador. O avaliado inicia o teste com o escore mximo de 5 pontos para cada uma das aes de sentar e levantar, sendo subtrado do mesmo, um ponto para cada apoio extra utilizado (mo, brao e joelho) e meio ponto para cada desequilbrio corporal perceptvel. A pontuao do TSL escore, variando de 0 a 10, realizada pela soma das aes de sentar e levantar. Considerando o potencial papel da flexibilidade para uma execuo mais eficiente de gestos motores, no surpreendente que o desempenho sobre TSL possa ser influenciado por essa valncia. O objetivo desta dissertao foi analisar a relao entre o resultado do TSL e a mortalidade por todas as causas e a flexibilidade. No primeiro estudo, 2002 indivduos entre 51 e 80 anos (68% homens), realizaram o TSL e os resultados foram estratificados em quatro faixas: 0/3; 3,5/5,5, 6/7,5 and 8/10. Baixos resultados no TSL escore foram associados com um maior risco de mortalidade (p<0,001). Uma tendncia contnua de maior sobrevivncia se refletiu no ajuste multivariado idade, sexo, ndice de massa corporal em um razo de risco de 5,44 [95%IC=3,19,5], 3,44 [95%IC=2,05,9] e 1,84 [95%IC=1,13,0] (p<0,001) dos menores para as maiores faixas de resultados do TSL. Cada aumento de um ponto no escore do TSL significou uma melhora de 21% na sobrevivncia. J o segundo estudo, contou com 3927 indivduos (67,4% homens) que realizaram o TSL e o Flexiteste. O Flexiteste avalia a amplitude mxima passiva de 20 movimentos corporais. Para cada um dos movimentos, existem cinco escores possveis, 0 a 4 em uma ordem de mobilidade crescente. A soma dos resultados dos 20 movimentos fornece uma pontuao de flexibilidade global denominada de Flexndice (FLX). Os resultados do FLX foram estratificados em quartis (626, 2735, 3644 and 4577). Os valores do TSL em cada quartil diferiram entre si (p<0,001). Alm disso, o escore do TSL e o FLX foram diretamente associados (r=0,296; p<0,001). Os indivduos com um TSL escore zero so menos flexveis para todos os 20 movimentos do Flexiteste do que aqueles com escore 10. Portanto, os dados da presente dissertao, indicam que: o resultado do TSL se mostrou um importante preditor de mortalidade por todas as causas para indivduos entre 51-80 anos de idade e que indivduos mais flexveis tendem a ter maiores escores no TSL.

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A reduo da mortalidade um objetivo fundamental das unidades de terapia intensiva peditrica (UTIP). O estgio de gravidade da doena reflete a magnitude das comorbidades e distrbios fisiolgicos no momento da internao e pode ser avaliada pelos escores prognsticos de mortalidade. Os dois principais escores utilizados na UTIP so o Pediatric Risk of Mortality (PRISM) e o Pediatric Index of Mortality (PIM). O PRISM utiliza os piores valores de variveis fisiolgicas e laboratoriais nas primeiras 24 horas de internao enquanto o PIM2 utiliza dados da primeira hora de internao na UTIP e apenas uma gasometria arterial. No h consenso na literatura, entre PRISM e PIM2, quanto utilidade e padronizao na admisso na terapia intensiva para as crianas e adolescentes, principalmente em uma UTI de nvel de atendimento tercirio. O objetivo do estudo foi estabelecer o escore de melhor performance na avaliao do prognstico de mortalidade que seja facilmente aplicvel na rotina da UTIP, para ser utilizado de forma padronizada e contnua. Foi realizado um estudo retrospectivo onde foram revisados os escores PRISM e PIM2 de 359 pacientes internados na unidade de terapia intensiva peditrica do Instituto da Criana do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da USP, considerada uma unidade de atendimento de nvel tercirio. A mortalidade foi de 15%, o principal tipo de admisso foi clinico (78%) sendo a principal causa de internao a disfuno respiratria (37,3%). Os escores dos pacientes que foram a bito mostraram-se maiores do que o dos sobreviventes. Para o PRISM foi 15 versus 7 (p = 0,0001) e para o PIM2, 11 versus 5 (p = 0,0002), respectivamente. Para a amostra geral, o Standardized Mortality Ratio (SMR) subestimou a mortalidade tanto para o PIM2 quanto para o PRISM [1,15 (0,84 - 1,46) e 1,67 (1,23 - 2,11), respectivamente]. O teste de Hosmer-Lemeshow mostrou calibrao adequada para ambos os escores [x2 = 12,96 (p = 0,11) para o PRISM e x2 = 13,7 (p = 0,09) para o PIM2]. A discriminao, realizada por meio da rea sob a curva ROC, foi mais adequada para o PRISM do que para o PIM2 [0,76 (IC 95% 0,69 - 0,83) e 0,65 (IC 95% 0,57 - 0,72), respectivamente, p= 0,002]. No presente estudo, a melhor sensibilidade e especificidade para o risco de bito do PRISM foi um escore entre 13 e 14, mostrando que, com o avano tecnolgico, o paciente precisa ter um escore mais elevado, ou seja, maior gravidade clnica do que a populao original, para um maior risco de mortalidade. Os escores de gravidade podem ter seus resultados modificados em consequncia: do sistema de sade (pblico ou privado), da infraestrutura da UTIP (nmero de leitos, recursos humanos, parque tecnolgico) e indicao da internao. A escolha de um escore de gravidade depende das caractersticas individuais da UTIP, como o tempo de espera na emergncia, presena de doena crnica complexa (por exemplo, pacientes oncolgicos) e como realizado o transporte para a UTIP. Idealmente, estudos multicntricos tm maior significncia estatstica. No entanto, estudos com populaes maiores e mais homogneas, especialmente nos pases em desenvolvimento, so difceis de serem realizados

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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da utilizao de sucedneo lcteo com alto contedo proteico de origem vegetal no desempenho e sade de bezerros, e avaliar mtodos de reidratao para o tratamento de diarreias. No primeiro estudo foram utilizados 33 bezerros da raa Holands distribudos nos tratamentos: 1) Alto volume e baixa protena (AV/BP): 8 litros, 21,4% PB; 2) Alto volume e alta protena (AV/AP): 8 litros, 23,7% PB e 3) Baixo volume e alta protena (BV/AP): 6 litros, 23,7% PB. Os bezerros foram alojados em abrigos individuais, com livre acesso a gua e concentrado. No houve efeito dos tratamentos para o desempenho animal (P>0,05). Os tratamentos AV/BP e AV/AP resultaram em maior consumo de sucedneo (P<0,05), mas no afetaram o consumo de concentrado nem o consumo total (P>0,05). O escore fecal foi maior (P>0,05) para animais nos tratamentos AV/AP e BV/AP. Os animais nos tratamentos AV/BP permaneceram maior nmero de dias em diarreia (P<0,05), em comparao aqueles aleitados com BV/AP, os quais tiveram menos dias com vida (P<0,05). A concentrao de lactato foi maior (P<0,05) para animais nos tratamentos AV/BP e AV/AP enquanto a concentrao de protena total foi maior (P<0,05) nos tratamentos AV/BP e BV/AP. Sucedneos com elevado contedo de protena de origem vegetal afetam negativamente o desempenho de bezerros podendo levar o animal a morte. No segundo estudo foram comparados trs solues de hidratao oral quanto a sua eficincia em repor eletrlitos e gua, alm de manter o desempenho de bezerros. Foram utilizados 42 bezerros mestios Holands-Jersey, distribudos nos tratamentos: 1) Soro comum, 2) Glutellac&reg; e 3) Soro comum + Aminogut&reg;. Os animais foram aleitados com 4 L/d de sucedneo lcteo at a oitava semana de vida quando foram desaleitados de forma abrupta. As terapias de reidratao foram oferecidas quando os animais apresentavam escore fecal >= 3 na escala de 1 a 5. No houve efeito das terapias de reidratao no desempenho nem em metablitos sanguneos (P>0,05). O consumo voluntrio de gua foi maior para os animais reidratados com Glutellac&reg;, mas o consumo total maior para os animais reidratados com Soro comum. As concentraes de HCO3 e Na+ foram maiores para os animais no tratamento Glutellac&reg; (P=0,088 e P=0,073 respectivamente), sendo a concentrao de glicose tambm afetada pelo protocolo de hidratao (P<0,05). A concentrao de HCO3 aumentou do primeiro para o segundo dia, a de K+ e glicose diminuram do primeiro para o segundo dia, enquanto que o Beecf teve um comportamento varivel segundo a terapia de reidratao utilizada. Houve efeito da interao tratamento x dia de avaliao apenas para a concentrao de BUN (P<0,05). O pH, a concentrao de Na+ e Beecf foram maiores em animais mais velhos, enquanto K+, hematcrito e hemoglobina, foram menores (P<0,05). O consumo voluntrio de gua foi maior em animais reidratados com Glutellac&reg;, o que junto com a simplicidade de uso, representam as principais vantagens deste mtodo de reidratao.